[Jim Jarmusch, Os limites do controlo, 2009]
"[...]
Existe-se na arte. Existe-se com a obra de arte. Cada um a seu modo; e segundo o ritmo do mundo que para a obra de arte saberá transportar. Pertence-lhe uma decisão de sentidos que se joga no momento exacto em que "aparece" e em que, com ela, se estabelece confronto. De um modo mais próximo: avançamos para o "objecto" de arte e dele só "tiramos", como resultado momentaneamente final, aquilo que lhe atribuímos, o que nele vimos e o que sobre ele pensámos. Quase sempre, senão sempre, o que para essa obra canalizámos de desdobramento de nós próprios - seus visitantes -, em grau de conhecimento (e também de ignorância) e de uma escala muito ampla de sensibilidade.
[...]"
João Miguel Fernandes Jorge, "Canovaccio", Telhado de Vidro n.º 3,
Lisboa: Averno, Novembro de 2004
[Antoni Tapiès, Gran Sábana, 1968]
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