Boa Morte. Gostávamos
sobretudo de perder os autocarros,
sentados na esplanada mais
anacrónica do mundo
- do nosso mundo.
Em cada um adivinhávamos
fatigados destinos,
novíssimas furnas,
cercos de álcool em afronta.
Pedia, só para ti, outro gin tónico.
Mas éramos jovens, talvez felizes.
E o amor apenas nos bastava.
Manuel de Freitas, Levadas,
Lisboa: Assírio & Alvim, 2004
[Fotografia de Vítor Sousa, Funchal, 2015]
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